A capital Agadèz, a “capital das guitarras”, ganhou notoriedade musical nos últimos anos com a projeção mundial dos guitarristas Bombino e Mdou Moctar. Etran de L’Aïr é a mais recente estrela dentre as dezenas de bandas da cidade, oriunda do circuito profissional de festas de casamento, tradicional em Agadèz.

Originário de Gana, nos anos 20, ao longo das décadas seguintes, o highlife incorporou às tradições musicais locais influências sonoras e instrumentos da música popular ocidental.

A rumba congolesa também gerou a sua maior expressão feminina, a cantora M’bilia Bel, considerada a “Rainha da Rumba Africana” e uma das figuras mais influentes da música da África no século XX.

Evolução da rumba congolesa, em versão acelerada, e sob o impacto cultural-musical dos anos 60, o soukous surgiu na República Democrática do Congo (antigo Zaire) e na República do Congo (antigo Congo Francês).

O florescimento cultural e musical pós-independêncoia produziu músicos e músicas e, junto, uma nascente indústria discográfica que eternizou a magia e a criatividade daquele momento.

Em geral esta percepção é ignorada, pois a referência ao instrumento remete ao rock, principalmente para as gerações pós-anos cinquenta.

Batizada de “Edition Spéciale”, a série teve início em 1961 com o lançamento de três LPs, seguidos em 1962 e 1963 de outros sete LPs e mais cinco 45rpm- os primeiros registros comercialmente disponíveis de música guineense desde a sua independência em 1958.

A África Oriental não escapou da influência dos ritmos e da cultura cubana, presente nas rádios na maioria dos países. Exemplo disso é o grupo Salum Abdallah and Cuban Marimba Band, natural de Morogoro, na Tanzânia.

Um dos grandes álbuns da música africana, lançado em 1976, “Mandjou” com Ambassadeur International é um clássico universal.

O disco de L’Orchestre Kanaga de Mopti “é simplesmente uma das obras-primas da África Ocidental”, define o site Radio Africa, em resenha do disco.

A construção musical da rumba congolesa tem em sua origem diversas vertentes musicais, históricas e, mesmo, geopolíticas, com destaque para a influência da música cubana, a partir dos anos quarenta.

A música Sweet Mother, com o nigeriano Prince Nico MBarga, foi lançada em 1976, e vendeu mais de 13 milhões de cópias. Com 9m53, a composição fala da relação de amor entre filhos e mães.

O mega-hit mundial Pata Pata com a sul-africana Miriam Makeba esconde um segredo. Tem como arranjador o multi-instrumentista brasileiro Sivuca. Lançado em 1967, o compacto explodiu nas paradas internacionais, incluindo o Brasil. Senhor F conta essa história.

O tempo se encarregou de revelar a verdadeira essência de “Bicho”e reposicionar o disco histórica e culturalmente. Na verdade, “Bicho” é resultado da conexão de Caetano com a África – e seus ritmos modernos-, “descoberta” In loco em 1977.

Espécie de matriz das dezenas de orquestras que proliferam na Guiné-Conakry independente do colonialismo francês, em 1958, Syli Authentic é também o epicentro de um dos processos culturais mais importantes da história da África, e mesmo mundial.

A sua voz técnica, melodiosa, épica e poderosa transformou o jovem da Guiné-Conakry em um dos cantores mais importantes da África e um fenômeno mundial.

Inicialmente conhecida como Radio-Conakry, foi renomeada “Voix de la Révolution”, após a independência. Em seus estúdios foram gravados alguns dos grandes discos da música da Guiné-Conakri, lançados pela estatal Editions Syliphone.