Uma das mais importantes contribuições para a história do rock foi série Pebbles que, a partir dos anos oitenta, resgatou obscuras bandas de garagem dos anos sessenta

Trata-se da coleção Pebbles, inicialmente em vinil, depois em CD, que reuniram centenas de grupos regionais, com acento punk, inincialmente norte-americanos.

O precedente histórico

No começo dos anos oitenta, a série Nuggets, editada pela Rhino Records, resgatou do limbo várias bandas do mesmo período, que viraram referência para o punk e o que veio depois.

O primeiro volume, duplo e em vinil, editado por Lenny Kaye, abriu o caminho para outros e, depois, para a edição digital, em duas caixas, com 8 CDs e livretos.

Para ouvir: Ouça a série Nuggets original, em dois volumes

O tributo dos Ramones (ouça abaixo) é a prova mais cabal da importância de bandas como The Seeds, The Standels e Love, entre outras mais ou menos conhecidas.

A radical série Pebbles

No entanto, foi a série Pebbles que mergulhou mais fundo e trouxe para a superfície canções e bandas que talvez tenham sido conhecidas apenas em suas cidades, seus estados e pelos seus fãs.

Mais do que alguma banda em especial, ou de algum hit em particular, o mais incrível de Pebbles é o conjunto da obra, que funciona como um grande retrato sonoro de uma época, além das paradas de sucesso.

Os 18 álbuns originais, ou os 12 CDs posteriores, além das coletâneas especiais, resistiram ao tempo e atestam o tamanho da explosão musical dos anos sessenta.

A primeira versão da série

Segundo a Wikipédia, a primeira versão de Pebbles em vinil, com apenas 500 cópias, foi lançada pelo selo Mastercharge Records, em 1978, distribuído entre um pequeno grupo de colecionadores australianos.

Também segundo a Wikipedia, posteriormente, outro pretenso selo obscuro, a BFD Records, também da Austrália, lançou 10 LPs, até hoje considerados os melhores da série.

Na verdade, os dois selos que assinavam a série não existiam, sendo apenas nomes fantasias para contornar as exigências legais da época, que dificultavam a edição.

A partir de 1983, o selo americano Bomp! Records, de Greg Shaw (veja quem foi), sob a marca AIP Records, assume a série formalmente e edita mais 18 LPs, além dos 10 iniciais, mais 12 CDs e três volumes de coletâneas a músicas extras retiradas dos vinis.

Sob o guarda-chuva da Bomp, e com o selo da AIP (Archive International Productions), a série Highs in the Mid-Sixties, compilou as cenas regionais americanas, em mais de 50 LPs.

Em meados dos anos noventa, a ESD (East Side Digital) Records lança quatro CDs, com apenas 1.000 cópias, diferentes da série original, contendo diversos temas ausentes na série digital da AIP.

O tributo Acid Eaters, dos Ramones, com capa atualizando o espírito da época, consolidou a importância das duas séries, atraindo a atenção das novas gerações para a garagem dos anos sessenta.

Foto: Senhor F Social Club.

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