O álbum de estreia de Joan Baez lançado em 1960 é um marco fundamental na história da música folk americana e estabeleceu a artista, com apenas 19 anos na época, como uma das vozes mais importantes do gênero.

A instrumentação minimalista do disco serve para colocar o foco em sua performance vocal cristalina e no conteúdo lírico das canções. Além dela, além de alguns instrumentos esparsos, apenas Fred Hellerman (do grupo The Weavers) toca violão.

O repertório é composto majoritariamente por baladas tradicionais de folk e blues, como “Silver Dagger”, “East Virginia” e a comovente “Mary Hamilton” (que narra a trágica história de uma dama de companhia da Rainha da Escócia).

Outros destaques do disco incluem a clássica canções “House of the Rising Sun”, que se tornaria um sucesso mundial na versão da banda inglesa The Animals anos depois, e a espiritual “Fare Thee Well (10,000 Miles)”.

Comercialmente, o álbum foi um sucesso surpreendente para um disco de folk tradicional, permanecendo nas paradas da Billboard por 140 semanas e abrindo o caminho para Bob Dylan e outros futuros heróis do folk.

Joan Baez foi fundamental para a aceitação de Bob Dylan junto ao público do folk tradicional.

Mais do que os números, “Joan Baez” foi crucial para o renascimento do folk no início dos anos 60, influenciando uma geração de músicos, incluindo Bob Dylan, e solidificando o papel da música de protesto e da canção tradicional na cultura popular.

Em resumo, o disco de estreia de Joan Baez é uma obra atemporal, com sonoridade e temáticas que resistiram a 65 anos de mudanças no mundo, em todas áreas. Sua beleza reside na simplicidade e na honestidade, apresentando uma artista em pleno domínio de seu tempo.

Foto: Senhor F Social Club (capa da reedição / acervo Senhor F).

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