O norte-americano Paul Simon (Simon & Garfunkel), com seu álbum “africano” Graceland, chamou a atenção do mundo para a música sul-africana e seus principais artistas.
Antes dele, em 1985, em meio a luta anti-apartheid, a clássica coletânea The Indestructible Beat of Soweto, incluindo vários artistas locais, ja havia chamado a atenção para a música do país.
Presente no álbum, Simon Mahlatini Nkabinde, um “groaner”, nascido em 1930, emergiu nessa onda de redescoberta e valorização dos gêneros musicais sul-africanos, como mbaqanga.
- Mbaqanga é um estilo de música com raízes rurais
Zulu e Sotho-tshwana, surgida no início dos anos 60, misturando melodias tradicionais sul-africanas com música popular europeia e americana.
- No início da década de 1980, a banda Juluka de Johnny Clegg e Sipho Mchunu resgatou o mbaqanga para as novas gerações, com apresentações na Cidade do Cabo.
Mais conhecido como The Lion of Soweto (O leão de Soweto), Mahlatini uniu sua voz rouca e forte presença de palco ao grupo Mahotella Queens, com isso ganhando o mundo em disco e shows.
A carreira de Mahlathini teve início nos anos cinquenta junto ao grupo que, em parte, posteriomente resultou no Ladysmith Black Mambazo, também presente no disco de Paul Simon.
No final de década de cinquenta, ele se junta à divisão de “música negra” da EMI local, liderada pelo caçador de talentos e produtor
Rupert Bopape.
Dos anos 60 até os anos 90, Mahlatini desenvolveu intensa carreira, solo e em parceria com diversos grupos, cravando dezenas de hits na história da música da África do Sul.

Para ouvir (acima): Soweto Blues, a música da África do Sul.
Foto: Senhor F Social Club.
Deixe um comentário