A banda Orchestre Poly-Rythmo de Cotonou, fundada em 1968, em Benim, é uma das mais importante e revolucionárias da moderna música africana. |
Inicialmente contava com cinco membros, os fundadores Melome Clement, Bentho Gustave, Amenoudji Vicky Joseph e Bernard “Papillon” Zoundegnon.
Em seguida, cresceu em tamanho, chegando a ter 16 membros, e em produção discográfica, gravando dezenas de álbuns e centenas de singles de 7 polegadas.
A Poly-Rythmo agregou à cultura musical local, o Voodoo (vodun), a influência cubana (ouça playlist), a soul music, o funk e outros gêneros ocidentais, especialmente latinos.j
Ao longo da carreira, a banda “inventou” o que hoje chamam de “feat” assinando uma série de discos destacando seus próprios membros ou outros artistas africanos.
Uma das razões do sucesso da Poly-Rythmo foi a sua associação com Seidou Addissa , da Albarika Records, gravadora que acaba de ter sua história resgatada pelo selo Acid Jazz.
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“O segredo mais bem guardado do Benim” só ganhou o mundo muitos anos depois, por meio de coletâneas de selos como Popular African Music, Soundway e Analog Africa (3 volumes).
Com isso, a banda chegou aos mercados de festivais de “world music” em diversas regiões, incluindo apresentação no Festival PercPam, em Salvador (BA), no Brasil.
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Também fizeram shows em São Paulo, no Mês da Cultura Independente, no Vale do Anhangabaú, em 2014, e depois no Sesc Jazz, em outubro de 2023.
A conexão da Poly-Rythmo com o Brasil ainda inclui o lançamento da coletânea “Orchestre Poly-Rytmo De Cotonou“, pela selo nacional Goma Gringa Discos, em 2014.
Foto: Senhor F Social Club.
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