Em 1972, Lenny Kaye, então funcionário da Elektra Records, teve a brilhante ideia de produzir um álbum duplo com bandas que, apesar de fantásticas, ficaram perdidas no tempo, em parte pela grande quantidade e qualidade da produção dos anos sessenta.

A coletânea batizada de Nuggets: Original Artyfacts from the First Psychedelic Era 1965-1968 transformou-se em referência para as futuras gerações e lançou a linha de coletâneas voltadas para o resgate de cenas e de bandas que produziram belas obras, mas ficaram à margem do mainstream.

Desde então, centenas de coletâneas cumpriram o papel de trazer da obscuridade bandas e discos geniais que, não fosse a semente original e revolucionária do futuro guitarrista do grupo de Patti Smith, terminariam relegadas ao esquecimento.

Nos anos noventa, inúmeras bandas também produziram discos que, embora pequenas obras-primas, e restritas ao conhecimento de poucos e felizardos ouvintes, escreveram boa parte do melhor da história do power pop daquela década.

A maioria dos álbuns lançados por pequenos selos e com tiragens reduzidas, vendidas especialmente por meio da Internet, estão entre o que de melhor se produziu nos últimos anos e, em alguns casos, merecendo figurar nas listas de destaques de todos os tempos.

A presente lista (sem ordem hierárquica) reúne quarenta títulos americanos e de outros países do mundo. Nos discos, o som de uma geração que se afirmou com suas canções, guitarras Rickenbacker, especialmente, e harmonias vocais, conquistando ouvintes em todas as regiões do planeta.

Em sua maioria, os títulos desta lista foram lançados ou distribuídos mundialmente pelo selo/loja americano NOT LAME, o mais importante no gênero, que atuou durante 16 anos até fechar suas portas, em consequência da radical mudança do processo de produção, distribuição e comercialização da música no mundo.

Americanos

The Shazam/Goodspeed of Shazam – The Shazam é um clássico trio de power pop moderno, formado por Hans Rotenberry, Mick Wilson e Scott Ballew. O grupo lançou o primeiro álbum em 1997 e, em 1999, o segundo, Goodspeed of Shazam, ambos pelo selo Not Lame. Seu som é uma espécie de Cheap Trick “anos noventa”, com influências explícitas de The Who e harmonias vocais sessentistas. Em pouco tempo, transformou-se em uma das bandas mais interessantes da cena power pop.

Wanderlust/Prize
– Um dos álbuns mais geniais lançados na década de noventa (1995) pela RCA americana, mas totalmente ignorado. Com forte influência de Big Star, a banda sustenta suas belas canções em guitarras Rickenbacker e vocais quase “blue eyed soul” no melhor estilo de Alex Chilton em Sister Lovers. Formada por Soctt Sax, Robert Bonfliglio, Jim Cavanaugh e Mark Levin, a banda ainda lançou um segundo disco pela Not Lame.

Cotton Mather/Kontiki – O álbum Kontiki, do grupo Cotton Mather, é outro que pode ser incluído em qualquer lista de grandes discos do pop de todos os tempos. Abrindo com uma viagem ao mundo dos Byrds 66/67, em seguida mergulha no universo Beatles com uma personalidade impressionante, e também em “Dylan 67”. Home Front Cameo, Spin My Wheels e My Before and After são como se John Lennon revivesse em duas canções, na forma de compor e nos vocais.

Push Kings/Push Kings – O álbum de estréia do grupo Push Kings, originário de Boston, lançado em 1997, é uma das maiores pérolas do power pop dos anos noventa. Espécie de Beau Brummels moderno, pela singeleza das canções e dos arranjos vocais, pode ser incluído entre os grandes discos pop da história do rock. A banda tem influência direta de Paul McCartney, Badfinger e Squeeze, que se reflete nas 14 canções do álbum. O grupo gravou mais dois álbuns, sendo o segundo mais experimental.

Wondermints/Wondermints
– Banda de Los Angeles, ganhou destaque por acompanhar Brian Wilson, em shows pelos Estados Unidos, e participar da gravação do disco ao vivo do ex-Beach Boys, Live at Roxy. Mas, independente disso, Wondermints é uma das mais importantes revelações da cena independente americana dos últimos anos. Este disco, de 1996, é o segundo da carreira, lançado após um de covers, e antes do também clássico Bali, que tem a música Arnaldo Said, tributo ao músico dos Mutantes.

Gladhands/la di da – O álbum “la di da”, do Gladhands saiu em 1997, lançado pelo selo Big Deal. É o segundo álbum da banda, com um maior acento na linhagem dos trios de power pop dos anos noventa. Gladhands é formada pelos multi-instrumentistas e compositores Jeff Carlson e Doug Edmunds. A banda lançou mais um álbum pelo selo Big Deal em 1999, também clássico, e depois foi editada a coletânea Once Upon a Song: Best of Gladhands.

Gigolo Aunts/Flippin’ Out – Com o nome tirado de uma canção do Syd Barret, Gigolo Aunts é outro expoente do power pop americano dos anos noventa. O som da banda traz um mix bem equilibrado de agressivas guitarras elétricas, vocal quase adocicado e harmonias vocais. Com vários álbuns lançados, e originário de Boston, Gigolo Aunts foi um dos grupos mais próximos de atingir a cena mainstream. Flippin’ Out, o segundo álbum, é o que melhor expressa o som da banda.

The Mockers/Somewhere Between Mocksville And Harmony – The Mockers é, talvez, a banda mais desprentensiosa desta lista. Seu álbum de estréia, Somewhere Between Mocksville And Harmony, é tão belo quanto simples, inclusive em sua capa em preto e branco. Formada por Seth Gordon, Tony Leventhal, Dean Howell e Shawn Pelton o grupo faz um som que passeia entre o power pop, folk rock e ecos do rock dos oitenta, com grande senso de composição e de harmonia.

Fountains of Wayne/Fountains of Wayne – O primeiro da série de albuns da banda, lançado em 1996. Fountains of Wayne é basicamente a dupla Chris Collingwood e Adam Schlesinger, este último autor da música tema do filme The Wonders. Em sua estréia, a banda trouxe para a cena um mix de power pop regado a canções pop, vocais elaborados, uma certa urgência punk e guitarras psicodélicas. Contendo alguns clássicos como She’s Got a Problem, o álbum abriu o caminho para a banda.

The Greenberry Woods/Rapple Dapple – Banda que contribuiu decisivamente para afirmar a linguagem do power pop americano em meados dos anos noventa. O álbum Rapple Dapple, primeiro dos dois gravados pela banda, abre com a música Trampoline, incluída na coletânea da Rhino Records dedicada ao power pop da década passada. A produção do disco, lançado em 1994, pela Sire Records, é de Andy Paley, que também trabalhou com Brian Wilson. Seus integrantes formaram posteriormente o Splitsville.

Oranger/The Quiet Vibration Land – Banda de Los Angeles, formada por Mike Draker, Jim Lindsay, Matt Harris e Chad Dyer, com forte influência da psicodelia pop dos anos sessenta. The Quiet Vibration Land, o segundo álbum da banda, foi lançado em 2000, pelo selo Poptones. Já na primeira música, a banda entrega a influência dos Beatles, especialmente em vocais muito próximos, em forma e tom de voz, de Paul McCartney. Trata-se de um álbum de canções com intrincados arranjos e harmonias vocais.

Velvet Crush/Teenage Symphonies to God – Uma das bandas mais profícuas e menos “retrô” da cena power pop americana dos anos noventa. Formada em Rhode Island, em 1989, a banda tem como integrantes mais destacados Paul Chastain, vocal e baixo, e o baterista Rick Menck. Um clássico, Teenage Symphonies to God é o segundo álbum dos seis gravados pela banda, mais três coletâneas de singles, lados “b” e raridades. Com título em homenagem a Brian Wilson, o álbum tem produção de Mitch Easter.

The Apples In Stereo/Fun Trick Noisemaker – Uma banda que remete aos Beatles no nome e em parte de seu som, mas que também incorpora nas influências Brian Wilson, Arthur Lee (Love) e Burt Bacharach. Fun Trick Noisemaker é o primeiro álbum da banda liderada por Robert Schnneider, e traz um som ainda cru e mais psicodélico. Nos discos posteriores, a banda avançou para sonoridades mais abertamente power pop e influenciadas pelos Fab Four e outras bandas sixties.

The Shambles/Clouds All Day – The Shambles, de San Diego, é formada por Bart Mendonza e Kevin Donaker-Ring, dois ex-integrantes da banda Manual Scan, expoente do revival mod americano dos anos oitenta. O álbum Clouds All Day marcou a estréia da banda em 1996, trazendo refinados riffs de guitarras e harmonias vocais. Um dos destaques do álbum é a versão para Nadie Te Quiere Ya, do grupo espanhol dos anos sessenta Los Brincos. Outro clássico da banda é o álbum de covers What You’re Missing.

Mockinbirds/Mockinbirds – Banda formada por Mark Fuqua, Max Butler, Paull Babiak e Les James. Lançaram apenas um álbum, em 1996, depois reeditado pelo selo Not Lame, em 1998. Outro clássico que também passaria batido na década de noventa, não fosse outra vez o selo Not Lame lançar luz sobre a obra. Baseado em poderosas canções e belos vocais, o grupo traz influências de Badfinger, Raspberries e, novamente, Big Star.

The Loud Family/Plants and Birds and Rocks and Thing – Primeiro álbum de Scott Miller pós-Game Theory, sua banda anterior, mais voltada para a psicodelia. Com o Loud Family, Miller radicalizou a linguagem pop e, especialmente, a influência de Big Star em suas composições. Plants and …é um disco mais complexo do que as típicas canções de três minutos do power pop. Lançado em 1993, o álbum traz também influências de Beatles, particularmente de John Lennon.

Material Issue/International Pop Overthrow – Uma das bandas mais promissoras da cena do power pop americano, não fosse a morte (suicídio) prematura de seu cantor, compositor e guitarrista Jim Ellison. Lançado em 1991, e produzido por Jeff Murphy (Shoes), International Pop Overthrow é um clássico do rock moderno, com suas belas canções de três minutos. Valerie Loves e This Letter, pelo menos, são músicas fundamentais dos anos noventa.

Myracle Brah/Life on Planet Eartsnop – Outro grande disco na Escola Beatles de canções diretas, riffs arrebatadores e vocais influenciados diretamente por John Lennon. Myracle Brah começou como projeto paralelo de Andy Bopp, do Love Nut, mas afirmou-se na cena power pop, já com seis álbuns gravados. Integram a banda Paul Krysiak (também Splitsville), Marty Canelly, Joe Parsons e Greg Schroerder. Life on Planet Eartsnop, o primeiro álbum, foi lançado em 1998, pelo também extinto selo Not Lame.

Splitsville/The Complete Pet Soul – Splitsville são Matt Huseman e Brandt Hudeman, ex-Greenberry Woods, e Paul Krysiak. Splitsville estreou em 96 e gravou 4 álbuns. Embora lançado em 2001, The Complete Pet Soul nasceu de EP homônimo, lançado anteriormente. O álbum é um clássico moderno, misturando sonoridades de Beatles/Rubber Soul, Beach Boys/Pet Sounds e pitadas de Burt Bacharach. A versão “completa” traz 11 faixas de puro prazer musical.

Martin Luther Lennon/Music for a World Without Limitations – É o primeiro disco de Tony Perkins, sob o nome artístico de Martin Luther Lennon (MLL), lançado pelo selo Not Lame. Music for a World Without Limitations contou com Perkins no baixo, apoiado por Steve Refling e Robbie Rist na guitarra e bateria, com guitarra e vocais ocasionais do líder do Cockeyed Ghost, Adam Marsland. Perkins foi produtor executivo da história do power pop em três volumes, Poptopia!, lançada pela Rhino Records em 1997 (veja link abaixo), e também da série Poptopia de festivais anuais de power pop de Los Angeles.

Outros países

The Orange Humble Band/Assorted Creams – Não se trata exatamente de uma banda fixa, mas de um agrupamento temporário. E um time da pesada, misto de americanos e australianos liderado por Ken Stringfellow (Posies), Daryl Mather (Lime Spiders) e o produtor Mitch Easter (ex-Let’s Active, nos anos oitenta). O resultado é um power-folk-pop clássico, com grandes canções, belas harmonias vocais e instrumental luminoso. Lançamento independente, de 1997.

Sloan/One Chord To Another
– Formada em Halifax, no Canadá, em 1991, Sloan tem vários álbuns. Este é o terceiro, de 1996, e talvez o mais fiel a influência “beatle”. Em algumas canções, como Autobiography, o “tributo” a Paul McCartney beira a genialidade. Nesse período, Sloan transformou-se na mais importante banda do Canadá. Integram o grupo Andrew Scott (bateria), Chris Murphy (baixo e vocais), Patrick Pentland (guitarra e vocais) e Jay Ferguson (guitarra e vocais).

Poverty Stinks/Gargle Blaster
– Primeiro álbum da banda finlandesa, lançado em 1990 e atualmente fora de catálogo. Liderada pelo cantor e guitarrista Jarmo Laine, Poverty Stinks fez grande sucesso de público em sua terra natal. Incluindo um cover pop para Paranoid do Black Sabbath, Gargle Blaster traz 12 belíssimas canções, fortemente influenciadas por The Smiths e outros ingleses dos anos oitenta. Com peso nos vocais e nas harmonias, a banda produz um power pop clássico e melódico.

The Heavy Blinkers/The Heavy Blinkers – Outra banda canadense, natural de Halifax. Neste caso, o som é um surpreendente mix de influências que vão de Beach Boys, principalmente, mas que incorporam também Left Bank e Burt Bacharach. The Heavy Blinkers é o segundo disco do grupo, e talvez o mais voltado para o universo de Brian Wilson e Phil Spector. São vinte e uma faixas repletas de arranjos intrincados e harmonias vocais.

American Suitcase/Bluefoot – Lançado em 1999, este é o primeiro álbum da banda oriunda da Noruega. Misturando influências de Beatles, Byrds e Teenage Fanclub, o quarteto produziu um dos melhores álbuns do final dos anos noventa. Dos Byrds, especialmente, a banda buscou as guitarras Rickenbacker, que se somam perfeitamente aos vocais ala Teenage Fanclub. Faixas como Bullet, que abre o disco, e The Secret, entre outras, são clássicos do power pop moderno.

The Pearlfishers/The Strange Underworld of The Tall Poppies – Originária de Glasgow, Escócia, The Pearlfishers é, na verdade, um grupo formado em torno de David Scott, único membro constante. Lançado originalmente em 1997, este é o segundo álbum do grupo, que sucedeu o também clássico Across The Milk Way. O disco traz belas canções, escritas e executadas sob a mais profunda influência de Brian Wilson e outros artífices de harmonias vocais.

The Merrymakers/No Sleep’til Famous – Um belo álbum de estréia, lançado em 1995. Sueco, o trio Merrymakers produziu, na época, talvez o melhor power pop de sua terra. As influências vão de Beatles, passando por Hollies, indo até Raspberries e outros clássicos do power pop. No Sleep’til Famous contém grandes canções radiofônicas, no melhor estilo do pop setentista. O terceiro álbum do grupo, o duplo Bubblegum, é outro clássico do power pop dos anos noventa.

Zumpano/Look What The Rookie Did – Também do Canadá, banda liderada pelo baterista Jason Zumpano. O grupo gravou apenas dois álbuns, pelo selo Sub Pop. Este é o primeiro, de 1994, e revela influências de Zombies, especialmente, Beatles e Beach Boys. O resultado são belas canções com peso nas guitarras, utilização de pianos e harmonias vocais sixties. Carl Newman,outro integrante do grupo, passou a integrar o New Pornographers.

The Ice Cream Hands/Memory Lane Traffic Jam – Australiana, The Ice Cream Hands tem história e uma boa quantidade de discos gravados. Este é o terceiro deles, e o mais bem resolvido em termos de composição e arranjos. Com forte influência de Beatles, mais na linha Harrison, o grupo produziu uma sonoridade clássica e moderna. Do power pop mais tradicional ao quase folk, com direito a gaitinha, Memory … é um disco daqueles que cresce a cada nova audição.

The Telepathic Butterflies/Introducing – Outro grupo surgido no Canadá. Com forte personalidade, o Telepathic Butterflies passeia pelo mundo sonoro dos Beatles com grande desenvoltura. Lançado em 1997, sob o título de Nine Songs, este disco foi resgatado da obscuridade absoluta pelo selo Rainbow Quartz, em 2002. Em sua nova edição, traz mais quatro canções, com guitarras intensas e nervosas. Um grande disco, com ótimas canções.

The Nines/Wonderworld of Colourful – O disco seguinte, Properties of Sound (de 2001), também é um clássico, mas Wonderworld of Colourful, lançado em 1998, é o mais pop-beatlemaníaco deles. Canadense, The Nines é integrado por Steve Eggers (vocais e baixo), Sam Tallo (guitarra) e Aaron Nielson (bateria). Neste álbum, estão belíssimas canções pop-psicodélicas como ‘Jennifer Smiles’, Morning I Wake e Days And Days, sustentadas por harmonias vocais, guitarras Rickenbacker e discretos teclados.

The Mop Tops/Inside – Um dos mais simpáticos álbuns de power pop dos anos noventa, lançado em meados da década. Com uma sintomática foto de uma guitarra Rickenbacker cravada na contra-capa do CD, o sueco The Mop Tops desfila neste seu único álbum 12 clássicas canções pop, com um certo acento folk. É difícil destacar uma delas, mas Love On A Carrousel, The Loner e She’s So Fine podem introduzir a audição. Integram a banda Lasse Hindeberg, Clas Roslundth, Tomas Nilsson, Bengt Nilsson e Patrik Gótlinf.

The Krispies/Solid Gold Rock – A banda é da Finlândia e este álbum, de estréia, foi lançado em 1998, pelo selo local Zer Garden Records. Trata-se de um disco de “pop maduro”, com destaque para guitarras melódicas e harmonias vocais, e forte influência das bandas setentistas, como Raspberries e Badfinger, entre outras. O grupo é formado por Larry Carne (guitarras e vocais), Knipi (guitarra, piano e vocais), Heikki Tikka (bateria e vocais) e Aleksi Mänttäri (baixo, cítara elétrica e piano).

The Oranges/Young Now – Aqui, uma banda japonesa de pop na linha “bubblegum”, com influência dos locais GS (Group Sounds) sessetistas, e bandas americanas como The Monkeys e The Bay City Rollers. Integram o The Oranges, Jeff Orange (guitarra), Robin Orange (baixo e vocal)), Nelo Orange (guitarrista e vocalista) e Pea Orange (bateria). Neste Young Now, lançado em 1998, cantado em japonês e inglês, o grupo radicaliza a linguagem power pop, sem abandonar a roupagem “blubblegum”, marca principal de seus demais álbuns.

The Diggers/Mount Everest – Este álbum é outra pérola perdida do power pop dos anos noventa. Lançado em 1997, pelo extinto selo americano Big Deal, o escocês The Diggers prometia ser um dos grandes grupos de sua geração. Infelizmente, ficou apenas neste álbum de estréia, um clássico repleto de belas canções influenciadas por Beatles, Big Star, Kinks e outros gênios do gênero. Integravam o grupo, os músicos Chris Miezitis (vocais e guitarra). Alan Moffat (vocais e baixo), John Eslick (guitarra) e Hank Ross (bateria).

This Perfect Day/C-60 – Don’t Smile, outro clássico desta banda saiu no Brasil, sem grande repercussão, mas este C-60 é o seu álbum mais radicalmente pop. Com forte influência do “mod” atualizado de Paul Weller e Blur, C-60 traz belas canções com arranjos arejados e modernos. Lançado originalmente em 1997, integrou praticamente todas as listas de melhores álbuns de power pop daquele ano. Junto com Eggstone e Merrymakers, This Perfect é um dos melhores grupos de sua geração.

Willliam Pears/William Pears – Embora cantem em inglês, William Pears é uma banda francesa de power pop. Criada nos anos noventa, lançou diversos álbuns, com destaque para este, que é o seu segundo. Com influências explícitas de Beatles, Kinks e XTC, o grupo produziu um clássico álbum, trazendo emblemáticas canções como a sugestiva Jesus and The Beatles. A banda é formada por Thierry DuBois, Marec Pontet, Pierre-Gildas Perot e Eric Phelippeau.

Eggstone/Somersault – Outro grupo representativo do pop sueco dos anos noventa, uma das cenas mais interessantes e criativa da década passada e deste novo século. Com vários álbuns gravados, neste Somersault, lançado em 1994, o trio – Per Sunding, Patrik Bartosch e Maurits Carlsson – confirma sua mistura de pop ala Smiths, lounge-bossa e pop setentista clássico. Neste álbum, destacam-se canções como Against The Sun, Good Morning e Water, entre outras.

DM3/Dig It The Most
– DM3 é Dom Mariani (vocal e guitarra), herói do rock australiano dos anos oitenta, à frente dos garageiros The Stems, mais Pascal Bartolone (bateria) e Toni Italiano (baixo e vocais). Produzido por Mitch Easter, Dig It The Most foi lançado em 1997, pelo selo americano Bomp Records. Nele, estão clássicos como a canção 1 x 2 x Desvasted, um power pop setentão, e Show You, entre outras. O trio tem outros discos gravados, também lançados por selos alternativos.

The Finkers/Fresh Set-O-Prints – Também australiana, liderado por Michael Carpenter, em seu CD de estréia, de 1999, o supergrupo The Finkers esbanja senso pop em todas as canções. Ótimos vocais, guitarras melódicas e nervosas e grandes composições originais no melhor estilo power pop dos anos noventa. Fresh …traz uma ótimo cover para o clássico You Tore Me Down, do Flaming Groovies. Carpenter desenvolveu sólida carreira solo, com diversos álbuns lançados pelo selo americano Not Lame.

Ouça abaixo a playlist da matéria (em ampliação):

Ouça também as playlists e séries abaixo, destacando as coletâneas clássicas do gênero:

Foto: Senhor F Social Club (capas de CDs de power pop (alguns dos apresentados na matéria)

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