Um dos gêneros musicais mais populares da África, a “juju music” surgiu na Nigéria (veja o mapa) na década de 20, influenciada pela percussão iorubá, tendo à frente os músicos Tunde King e Ojoge Daniel.

À tradicional percussão, ao longo do tempo, foram sendo incorporados instrumentos elétricos, como a steel guitar e própria guitarra elétrica, e gêneros musicais “ocidentais”. 

Nas apresentações dos artistas de juju (veja em vários momentos do trailer abaixo), o público joga dinheiro para os músicos, tradição conhecida como “spraying”.

Trailer do documentário sobre o gênero musical Juju, da Nigéria.

A partir dos anos 50, com I. K. Dairo, e depois nos 60 e 70, com Ebenezer Obey e especialmente King Sunny Adé, um dos gênios da guitarra africana, o gênero conquistou o continente africano.

Após 15 anos de sucesso na Nigéria, com o disco Juju Music (ouça abaixo), lançado em 1982 pela gravadora Mango, King Sunny Adé afirmou seu reinado e o gênero junto ao público amante do afropop.

Surpreendente, segundo o site All Music, o disco trazia um mix de grooves de bateria, tramas de várias guitarras, acentos de pedal steel, além de “bits” de sintetizador.

No início dos anos 90, aproximando-se do afrobeat, o afro-juju deu sequência à evolução do gênero, atingindo seu auge com Shina Peters, fenômeno popular na Nigéria.

Com curadoria do editor Fernando Rosa, a playlist (clique na imagem abaixo) abaixo traz a história da construção do gênero, destacando os seus principais criadores e intérpretes.

Foto: Senhor F Social Club

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